“Homem valente e valoroso”, que livrou Israel da opressão dos amonitas (Jz 11:1-33) e julgou o povo durante seis anos (Jz 12:7). É descrito como “um montanhês de Gileade, ousado e bravio, uma espécie de Elias guerreiro”. Após 45 anos de calma, Israel novamente apostatou e, “com o tempo, os filhos de Amom declararam guerra contra Israel” (Jz 11:5). Desesperados, os anciãos de Gileade foram buscar Jeftá a Tobe, para onde ele fugira depois que os irmãos lhe negaram participação na herança do seu pai (2) e o povo fez dele seu príncipe e capitão. Os “anciãos de Gileade” convocaram-no para que os ajudasse e logo ele tomou a seu cargo o comando da batalha contra Amom. Mandou, por duas vezes, uma embaixada ao rei de Amom mas em vão. A guerra era inevitável. O povo obedeceu ao seu chamado e “o espírito do Senhor veio sobre ele”. Antes de se envolver na guerra, ele fez um voto, dizendo que se voltasse em paz da guerra com os amonitas, ofereceria em holocausto aquilo que, da sua casa, primeiro lhe saísse ao encontro. Os amonitas foram derrotados. “Ele os feriu com grande mortandade desde Aroer até chegar a Minite, vinte cidade e até Abel-Queramim” (Jz 11:33). Os homens de Efraim sentiram-se insultados por não terem sido chamados por Jeftá para a batalha contra Amom. Isto levou à guerra entre os homens de Gileade e de Efraim (Jz 12:4) e na qual os efraimitas morreram. “Então morreu Jeftá, de Gileade e foi sepultado numa das cidades de Gileade” (7).
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
“Homem valente e valoroso”, que livrou Israel da opressão dos amonitas (Jz 11:1-33) e julgou o povo durante seis anos (Jz 12:7). É descrito como “um montanhês de Gileade, ousado e bravio, uma espécie de Elias guerreiro”. Após 45 anos de calma, Israel novamente apostatou e, “com o tempo, os filhos de Amom declararam guerra contra Israel” (Jz 11:5). Desesperados, os anciãos de Gileade foram buscar Jeftá a Tobe, para onde ele fugira depois que os irmãos lhe negaram participação na herança do seu pai (2) e o povo fez dele seu príncipe e capitão. Os “anciãos de Gileade” convocaram-no para que os ajudasse e logo ele tomou a seu cargo o comando da batalha contra Amom. Mandou, por duas vezes, uma embaixada ao rei de Amom mas em vão. A guerra era inevitável. O povo obedeceu ao seu chamado e “o espírito do Senhor veio sobre ele”. Antes de se envolver na guerra, ele fez um voto, dizendo que se voltasse em paz da guerra com os amonitas, ofereceria em holocausto aquilo que, da sua casa, primeiro lhe saísse ao encontro. Os amonitas foram derrotados. “Ele os feriu com grande mortandade desde Aroer até chegar a Minite, vinte cidade e até Abel-Queramim” (Jz 11:33). Os homens de Efraim sentiram-se insultados por não terem sido chamados por Jeftá para a batalha contra Amom. Isto levou à guerra entre os homens de Gileade e de Efraim (Jz 12:4) e na qual os efraimitas morreram. “Então morreu Jeftá, de Gileade e foi sepultado numa das cidades de Gileade” (7).
JEDUTUM - Aquele que elogia.
Um levita da família de Merari e um dos três mestres da música nomeados por David (1Cr 16:41, 42; 1Cr 25:1-6). Em 2Cr 35:15, ele é chamado “o vidente do rei”. Os seus descendentes são mencionados como cantores e tocadores de instrumentos (Ne 11:17). Era provavelmente o mesmo que Etã (1Cr 15:17, 19). Nos títulos dos Salmos 39, 62 e 77, as palavras “para Jedutum” indicam, provavelmente, um instrumento musical; ou podem indicar um estilo ou tom inventado ou introduzido por Jedutum, ou que o Salmo deveria ser cantado pelo seu coro
1.) Um dos filhos de Benjamim, cujos descendentes foram 17.200 guerreiros (1Cr 7:6, 1Cr 10,11);
Quarto filho de Jafé (Gn 10:2), cujos descendentes se instalaram na Grécia, i.e., Iónia, que, em Hebreu, se diz Javã. Alexandre, o Grande, é chamado o “rei de Javã” (ou seja, “Grécia”, Dn 8:21; Dn 10:20; comp. Dn 11:2; Zc 9:13). Esta palavra é universalmente usada pelas Nações do Este, para designarem a raça grega.
sábado, 25 de outubro de 2008
JASON - Aquele que curará.
O hospedeiro de Paulo e Silas em Tessalónica. Os judeus assaltaram a sua casa, a fim de prenderem Paulo mas, por não o encontrarem, arrastaram Jason e levaram-no até ao governador da cidade (At 17:5-9). Aparentemente, era um dos familiares de Paulo (Rm 16:21), tendo-o acompanhado de Tessalónica até Corínto
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
JAIRO
Chefe da sinagoga de Cafarnaum, cuja filha Jesus ressuscitou (Mc 5:22; Lc 8:41). Entrando no quarto da morta acompanhado por Pedro, Tiago e João e com o pai e a mãe da menina, Ele dirigiu-se à cama onde estava o corpo e disse: “Talita cumi”, i.e., “menina, levanta-te” e imediatamente o espírito da menina voltou para ela e ela se levantou prontamente; e “para fortalecer a vida que lhe voltara, para provar que ela não era realmente um fantasma mas que voltara à realidade de uma existência mortal, Ele ordenou que lhe dessem de comer” (Mc 5:43).
JAIR - Aquele que esclarece.
1.) Um benjamita, pai de Mardoqueu, o tio de Ester (Et 2:5);
2.) Filho de Segube. Foi educado pela sua mãe em Gileade, onde tinha os seus bens (1Cr 2:22). Distinguiu-se numa expedição contra Basã, tendo-se instalado em Argobe, na fronteira de Gileade. As pequenas cidades que ele tomou são chamadas Havote-Jair, i.e., “as aldeias de Jair” (Nm 32:41; Dt 3:14; Js 13:30);
3.) Pai de El-Hanã, aquele que matou Lami, o irmão de Golias (1Cr 20:5);
4.) O oitavo juiz de Israel, que governou durante 22 anos. A sua opulência é descrita em Jz 10:3-5. Tinha trinta filhos e todos eles cavalgavam em pequenos cavalos. Possuíam trinta das sessenta cidades (1Rs 4:13; 1Cr 2:23) que formavam a antiga Havote-Jair.
“Alargue Deus a Jafé” (Heb. Yaphat Elohim le-Yephet, Gn 9:27. Alguns, contudo, traduzem Yaphah por “ser bonito”). Um dos filhos de Noé, mencionado em último lugar (Gn 5:32; Gn 6:10; Gn 7:13), talvez o primeiro a nascer (Gn 10:21; comp. Gn 9:24). Ele e a sua mulher foram dois dos que se salvaram na arca (1Pe 3:20). Foi o pai de muitas tribos que habitaram o Este da Europa e o Norte da Ásia (Gn 10:2-5). Um acto de piedade filial (Gn 9:20-27) foi a ocasião para que Noé profetizasse a extensão da sua posteridade.
Após o dilúvio, a terra foi repovoada pelos descendentes de Noé, “os filhos de Jafé” (Gn 10:2), “os filhos de Cam” e “os filhos de Sem”. É importante notar que a ciência etnológica moderna, raciocinando a partir de uma cuidadosa análise dos factos, chegou à conclusão de que existe uma divisão tripla na família humana, correspondendo, de um modo notável, ao grande capítulo etnológico do livro de Génesis (10). As três grandes raças assim distinguidas são chamadas semíticas, arianas e turanianas (alofilianas). “Pondo de lado os casos em que os nomes éticos usados têm uma aplicação duvidosa, não pode ser racionalmente questionado que o autor tenha tido em conta os filhos de Jafé, classificando-os juntamente com os Galeses ou Celtas (Gomer); os Medos (Madai) e os Ionianos ou Gregos (Javan), antecipando, assim, o que se tornou conhecido, nos tempos modernos, como “a Teoria Indo-Europeia”, ou a unidade essencial da raça ariana (asiática) com as raças principais da Europa, indicada pelos Celtas e pelos Ionianos.. Nem se pode duvidar que tenha colocado sob o tronco comum dos “filhos de Sem”, os Assírios (Assur); os Sírios (Arã); os Hebreus (Eber) e os Árabes Joctanianos (Joctã), quatro das principais raças que a etnologia moderna reconhece sob a designação de “semíticas”. Novamente, sob o tronco dos “filhos de Cam”, o autor colocou Cusí, i.e., os Etíopes; Mizraim - o povo do Egipto; Sebá e Dedã - alguns dos Árabes do sul; e Ninrode - o antigo povo da Babilónia, quatro raças entre as quais as últimas investigações linguísticas estabeleceram uma afinidade íntima”.
JAEL - Cabra montês.
Mulher de Heber, o queneu (Jz 4:17-22). Quando os cananeus foram derrotados por Baraque, Sísera, o capitão do exército de Jabim, fugiu e procurou refúgio junto da amável tribo de Heber, sob os carvalhos de Zaanaim. Quando ele se aproximou, Jael convidou-o a entrar na sua tenda. Ele assim o fez e mal se deitou no chão, cansado, logo adormeceu profundamente. Ela, então, tendo na sua mão esquerda uma das grandes cavilhas de madeira (“prego”) que prendia as cordas da tenda e na sua mão direita um maço ou “martelo” usado para enterrar as cavilhas no chão, subrepticiamente se aproximou do seu convidado adormecido e com um bem direccionado golpe, rachou-lhe a cabeça quando lhe pregou e atravessou as fontes (Jz 5:26). Ela, então, conduziu Baraque, que perseguia Sísera, até à sua tenda e gabando-se, mostrou-lhe o que fizera.
(Gn 25:26; Gn 27:36; Os 12:2-4). O segundo filho gémeo de Isaque e Rebeca. É provável que tenha nascido em Laai-roi quando o seu pai tinha 59 anos e Abraão 159. Tal como o seu pai, Jacó era de uma disposição gentil e calma e quando cresceu, seguiu a vida de pastor, enquanto o seu irmão se tornou num caçador empreendedor. Porém, o seu comportamento para com Esaú mostrou muito do seu egoísmo mesquinho e da sua astúcia (Gn 25:29-34).
Quando Isaque tinha cerca de 160 anos, Jacó e a sua mãe conspiraram para enganar o velho patriarca (Gn 27), tendo em vista transferir o direito à primogenitura para ele. O direito à primogenitura assegurava àquele que o possuísse:
1º) - uma posição superior na sua família (Gn 49:3)
2º) - uma porção dobrada da herança paterna (Dt 21:17);
3º) - o sacerdócio da família (Nm 8:17-19);
4ª) - a promessa da semente na qual todas as nações da terra seriam abençoadas (Gn 22:18).
Logo após ter adquirido a bênção do seu pai (Gn 27), Jacó consciencializou-se da sua culpa e, com medo da fúria de Esaú, seguiu a sugestão de Rebeca e foi enviado para Harã, que ficava a 640 Km ou mais dali, a fim de procurar uma mulher entre os seus primos, a família de Labão, o Sírio (Gn 28). Aí ele encontrou-se com Raquel (Gn 29). Mas Labão só consentiu que ele se casasse com a sua filha, depois que Jacó o servisse por sete anos. Para Jacó, aqueles anos “foram poucos dias, pelo muito que a amava”. Mas quando os sete anos acabaram, Labão enganou astuciosamente Jacó e deu-lhe a sua filha Leia. É provável que Jacó tivesse cumprido outros sete anos de serviço, antes de conseguir casar-se com a sua amada Raquel. A mágoa, a desgraça e as várias provações que se seguiram durante o resto da sua vida, na providência retributiva de Deus, foram como que uma consequência desta dupla união.
No fim dos quatorze anos, Jacó desejou voltar para junto dos seus pais mas, a rogo de Labão, ele ficou com ele por mais seis anos, cuidando dos seus rebanhos (Gn 31:41). Ele, então, juntou a sua família e possessões “a fim de ir ter com Isaque, o seu pai, que habitava na terra de Canaã”. Labão ficou zangado quando ouviu dizer que Jacó partira em viagem e perseguiu-o, alcançando-o em sete dias. O encontro foi doloroso. Após muitas recriminações e censuras dirigidas contra Jacó, Labão acabou por se acalmar e, tendo-se despedido das suas filhas, volta para casa, em Padã-Arã. Agora, toda a ligação dos Israelitas com a Mesopotâmea chega ao fim.
Logo depois da partida de Labão, Jacó encontra-se com um grupo de anjos, como se estes viessem cumprimentá-lo pelo seu regresso à Terra Prometida (Gn 32:1,2). Ele chamou àquele lugar Maanaim, i.e., “o acampamento duplo”, provavelmente o seu próprio acampamento e o dos anjos. A visão dos anjos era um duplicado daquela que ele tivera em Betel quando, vinte anos antes, o viajante cansado e solitário, a caminho de Padã-Arã, viu os anjos de Deus subindo e descendo pela escada que chegava ao céu (Gn 28:12).
Ele, então, ouve, com consternação, dizer que o seu irmão Esaú se aproximava com um bando de 400 homens para se encontrar com ele. Em grande agonia mental, ele prepara-se para o pior. Ele sente que agora deve depender somente de Deus e entrega-se a ele numa sincera oração. Envia, então, uma presente magnânimo a Esaú, “um presente para o meu senhor Esaú do teu servo Jacó”. A família de Jacó passa o rio Jaboque mas ele fica para trás, passando uma noite em comunhão com Deus. Enquanto assim ocupado, aparece-lhe um em forma de homem, que luta com ele. Nesta misteriosa luta, Jacó vence e como memorial, o seu nome é mudado para Israel (o que lutou com Deus); e ao lugar onde isto aconteceu, ele deu o nome de Peniel, “pois,” disse ele, “eu vi o Senhor face a face e a minha vida foi preservada” (Gn 32:25-31).
Após uma noite ansiosa, Jacó prosseguiu o seu caminho, hesitante enfraquecido pelo conflito, mas forte, por estar seguro do favor divino. Esaú encontrou-se, então, com ele. O seu espírito de vingança tinha-se acalmado e os dois irmãos encontraram-se como amigos e pelo resto das suas vidas mantiveram relações amigáveis. Após uma breve estadia em Sucote, Jacó continuou a sua viagem e armou as suas tendas perto de Siquém (Gn 38:18); mas com o tempo e sob a direcção divina, ele mudou-se para Betel, onde erigiu um altar a Deus (Gn 35:6,7) e onde Deus lhe apareceu, renovando com ele o concerto abraamico. Enquanto viajava de Betel para Efrata (o nome cananeu dado a Belém), Raquel morreu ao dar à luz o seu segundo filho - Benjamim (Gn 35:16-20), quatorze ou quinze anos após o nascimento de José. Ele, então chegou à antiga residência da sua família, em Manre, encontrando o seu pai Isaque moribundo. A completa reconciliação entre Jacó e Esaú é vista na sua união no enterro do patriarca (Gn 35:27-29).
Pouco tempo depois, Jacó sofre profundamente com a perda do seu filho José, por causa da inveja dos seus irmãos (Gn 37:33). Segue-se a história da fome e das sucessivas idas ao Egipto para comprar trigo (Gn 42), que levaram à descoberta do há muito perdido José e da ida do patriarca para o Egipto, com toda a sua casa, em número de setenta almas (Ex 1:5; Dt 10:22; At 7:14), a fim de habitarem na terra de Gosen. Aqui Jacó, “depois de ter navegado num agitado oceano, encontra finalmente um porto tranquilo, onde todas as melhores emoções da sua natureza foram gentilmente exercidas e grandemente dispensadas” (Gn 48). À medida que o fim dos seus dias se aproximava, ele reúne os seus filhos junto ao seu leito para poder abençoá-los. Ao dizer as suas últimas palavras, ele repete a história da morte de Raquel, embora se tivessem passado quarenta anos, tão ternamente como se tudo tivesse acontecido no dia anterior; e quando ele acabou “de dar os mandamentos a seus filhos, encolheu os seus pés na cama e expirou” (Gn 49:33). O seu corpo foi embalsamado, levado com grande pompa para a terra de Canaan e enterrado junto da sua mulher Leia na cova de Macpela, de acordo com o que ele ordenara. É provável que o seu corpo embalsamado ali permaneça até aos dias de hoje (Gn 50:1-13).
A história de Jacó é mencionada pelos profetas Oséias (Os 12:3,4,12) e Malaquias (Ml 1:2). Em Mq 1:5, o nome é um sinónimo poético de Israel, o reino das dez tribos. Existem, para além da menção ao seu nome juntamente com o dos outros patriarcas, distintas referências a incidentes da sua vida nas epistolas de Paulo (Rm 9:11-13; Hb 12:16; Hb 11:21). Faz-se ainda referência à sua visão em Betel, à sua posse da terra de Siquém em Jo 1:51; Jo 4:5,12; e à fome que o fez dirigir-se ao Egipto em At 7:12.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
1.) Outro rei de Hazor, chamado “rei de Canaã”, que subjugou os Israelitas do norte 160 anos depois da morte de Josué e durante vinte anos os manteve em dolorosa sujeição. Todo o povo estava paralisado de medo, tendo-se dado ao desânimo sem esperança (Jz 5:6-11), até que Débora e Baraque ergueram o espírito nacional, juntaram 10.000 homens, obtendo uma grande e decisiva vitória sobre Jabim na planície de Esdraelom (Jz 4:10-16; compare com Sl 83:9). Esta foi a primeira grande vitória de Israel desde os tempos de Josué. Não precisaram mais de lutar contra os cananeus (Jz 5:31);
JAAZIEL - Observado por Deus.
1.) Um sacerdote que acompanhou a remoção da arca para Jerusalém (1Cr 16:6);
2.) Um chefe benjamita que se juntou a David em Ziclague (1Cr 12:4);
3.) Terceiro filho de Hebrom (1Cr 23:19);
4.) Um músico levita (1Cr 15:18);
5.) Filho de Malaquias, um levita da família de Asafe (2Cr 20:14-17). Encorajou Josafat contra os moabitas e os amonitas.
O quarto filho de Arão e o mais novo dos quatro (1Cr 6:3). Foi consagrado ao sacerdócio juntamente com os seus irmãos (Ex 6:23); e após a morte de Nadabe e Abiú, ele e Eleazar ocuparam-se das funções sacerdotais (Lv 10:6,12; Nm 3:2). Ele e a sua família ocuparam uma posição de simples sacerdotes, até que o sumo sacerdócio passou para a sua família, na pessoa de Eli (1Rs 3:27), por razões que não estão registadas.
ITAI - Perto.
1.) Um nativo de Gate. Um filisteu que aparentemente comandava 600 homens que formavam o bando de David, durante as suas vagueações (2Sm 15:19-22; compare com 1Sm 23:13; 1Sm 27:2; 1Sm 30:9,10). É depois visto com David em Maanaim, tendo, no exército, uma posição igual à de Joabe e de Abisai (2Sm 18:2,5,12). Depois deixa de ser notado;
2.) Um benjamita de entre os trinta valentes de David (2Sm 23:29).
ISMAEL - Deus ouve.
1.) Filho de Obadias e príncipe de Zebulom no reinado de David e de Salomão (1Cr 27:19);
2.) Filho de Netanias, “da semente real” (Jr 40:8,15). Conspirou contra Gedalias e, traiçoeiramente, matou-o a ele e a outros. Levou muitos cativos e “partiu para se juntar aos amonitas”;
3.) Filho mais velho de Abraão e de Agar, a concubina (Gn 16:15; Gn 17:23). Nasceu em Manre, quando Abraão tinha 86 anos, onze anos depois de ter chegado a Canaã (Gn 16:3; Gn 21:5). Com a idade de treze anos foi circuncidado (Gn 17:25). Cresceu como um verdadeiro filho do deserto, desobediente e selvagem. Na altura em que Isaque foi desmamado, o seu espírito rude e desobediente brotou em expressões insultuosas e de zombaria (Gn 21:9,10); e Sara, ao ver aquilo, disse a Abraão: “Expulsa esta escrava e o seu filho”. Influenciado por uma admoestação divina, Abraão despediu Agar e o seu filho, tendo-lhes dado apenas um pote de água e algum pão. A narrativa que descreve este incidente é um dos eventos mais tocantes e bonitos da vida patriarcal (Gn 21:14-16).
Ismael estabeleceu-se em Parã, uma região situada entre Canaã e o monte Sinai; e “Deus estava com ele e tornou-se num grande arqueiro” (Gn 21:9-21). Tornou-se num grande chefe do deserto mas da sua história, pouco está registado. Tinha cerca de noventa anos quando o seu pai morreu e durante o seu enterro faz uma breve aparição. Nessa ocasião, os dois irmãos encontram-se após uma longa separação. Da sua vida posterior pouco é conhecido. Morreu com 137 anos mas não se sabe como nem onde (Gn 25:17). Teve doze filhos, que foram os fundadores de muitas tribos e colónias árabes - os ismaelitas - e que se espalharam pelo deserto da Arábia do Norte, desde o Mar Vermelho até ao Eufrates (Gn 37:25,27,28; Gn 39:1).
Dos quatro filhos de Saúl, era o mais novo e o único que lhe sobreviveu (2Sm 2-4). O seu nome era, originalmente, Es-Baal (1Cr 8:33; 1Cr 9:39). Tinha cerca de quarenta anos quando o seu pai e os seus três irmãos morreram na batalha de Gilboa. Através da influência de Abner, primo de Saúl, ele foi reconhecido como sucessor ao trono de Saúl e reinou sobre todo o Israel, com excepção da tribo de Judá (sobre quem David reinava), durante dois anos, tendo como capital a cidade de Maanaim, a este do Jordão (2Sm 2:9). Após um reinado incerto e perturbado, ele foi morto por um guarda, que o esfaqueou enquanto ele dormia na sua recâmara, ao meio dia (2Sm 4:5-7); e tendo-lhe cortado a cabeça, apresentaram-na a David, que os repreendeu firmemente por causa daquele assassinato a sangue frio, tendo ordenado que fossem imediatamente executados (2Sm 4:9-12).
ISAÍAS - Heb. Yesh’yahu, significa: “a salvação de Jeová”.
1.) Filho de Amós (Is 1:1; Is 2:1) que, aparentemente, era um homem de posição humilde. A sua mulher era chamada “a profetiza” (Is 8:3), quer porque lhe tivesse sido concedido o dom profético, tal como Débora (Jz 4:4) e Hulda (2Rs 22:14-20), ou simplesmente porque era mulher “do profeta” (Is 38:1). Teve dois filhos que tinham nomes simbólicos.
Exerceu as suas funções durante o reinado de Uzias (ou Azarias), Jotão, Acaz e Ezequias (Is 1:1). Uzias reinou durante 52 anos (810-759 a.C.) e Isaías deve ter começado a sua carreira alguns anos antes da morte deste rei, provavelmente em 762 a.C. Viveu até ao 14º ano de Ezequias e talvez tenha sobrevivido a esse monarca (que morreu em 698 a.C.), podendo ainda ter sido contemporâneo de Manassés durante alguns anos. Assim, Isaías poderá ter profetizado durante um longo período de, pelo menos, 64 anos.
O seu primeiro chamado profético não está registado. O seu segundo chamado veio “no ano em que o rei Uzias morreu” (Is 6:1). Ele exerceu o seu ministério num espírito de firmeza e intrepidez intransigente, relativamente a todos quantos se dedicavam aos interesses religiosos. Não dissimula nada e nada retém por medo dos homens. É também notado pela sua espiritualidade e pela sua reverência para com “o Santo de Israel”.
Na sua juventude, Isaías deve ter-se sentido tocada pela invasão que o monarca assírio Pul levou a cabo contra Israel (2Rs 15:19); e novamente, vinte anos mais tarde, quando já tinha iniciado o seu ministério, pela invasão de Tiglath-Pileser III e por todas as conquistas que este conseguiu. Acaz, o rei de Judá, neste momento de crise, recusou-se a cooperar com os reis de Israel e da Síria, opondo-se aos assírios e foi, por isso, atacado e derrotado por Rezim, de Damasco e por Peca, de Samaria (2Rs 16:5; 2Cr 28:5,6). Acaz, desta feita mais humilde, colocou-se ao lado da Assíria e procurou ajuda junto de Tiglath-Pileser III contra Israel e contra a Síria. Como consequência, Rezim e Peca foram conquistados e muitos de entre o povo levados cativos para a Assíria (2Rs 15:29; 2Rs 16:9; 1Cr 5:26). Pouco tempo depois disto, Salmaneser decidiu subjugar o reino de Israel. Samaria foi tomada e destruída (722 a.C.). Enquanto Acaz reinou, o reino de Judá não foi molestado pelo poder assírio; mas, ao ascender ao trono, Ezequias (726 a.C.) “rebelou-se contra o rei da Assíria” (2Rs 18:7), tendo sido encorajado por Isaías, que exortou o povo a depender de Deus (Is 10:24; Is 37:6). Mas Ezequias fez uma aliança com o rei do Egipto (Is 30:2-4). Isto fez com que o rei da Assíria ameaçasse o rei de Judá e mais tarde invadisse o país. Senaqueribe (701 a.C.) conduziu o poderoso exército contra a Palestina. Ezequias ficou desesperado e submeteu-se aos assírios (2Rs 18:14-16). Mas após um breve intervalo, rebentou novamente a guerra e novamente Senaqueribe conduziu o seu exército contra a Palestina, uma parte do qual ameaçou Jerusalém (Is 36:2-22; Is 37:8). Isaías, nessa ocasião, encorajou Ezequias a resistir aos assírios (Is 37:1-7), após o que Senaqueribe enviou uma carta ameaçadora ao rei de Judá, a qual ele levou perante o Senhor (Is 37:14). O julgamento de Deus caiu agora sobre os assírios. “Tal como Xerxes na Grécia, Senaqueribe nunca recuperou do choque do desastre em Judá. Não fez mais expedições quer contra o sul da Palestina, quer contra o Egipto”. Ezequias reinou em paz pelo resto dos seus dias (2Cr 32:23,27-29). Isaías viveu provavelmente durante todo o seu reinado e possivelmente também durante o reinado de Manassés mas o momento e o modo como ele morreu são desconhecidos. A tradição diz que ele foi martirizado no tempo de Manassés;
2.) Um levita (1Cr 26:25);
3.) Um dos chefes dos cantores no tempo de David (1Cr 25:3,15).
ISAAC - Riso
O único filho de Abraão e Sara. Dos três patriarcas, ele foi o que mais tempo viveu (Gn 21:1-3). Foi circuncidado com oito dias de vida (Gn 21:4); e provavelmente quando tinha três anos, foi dada uma festa ao ser desmamado.
O acontecimento memorável que se seguiu na sua vida foi o que se relacionou com a ordem de Deus para que Abraão o oferecesse em sacrifício na montanha que existia na terra de Moriá (Gn 22). Quando estava já com 40 anos, Rebeca foi-lhe dada como esposa (Gn 24). Quando o seu pai morreu e foi sepultado, Isaac estabeleceu-se em Beer-Laai-Roi (Gn 25:7-11), onde os seus dois filhos - Esaú e Jacó - nasceram (Gn 21:1-26), o primeiro dos quais parece ter sido o seu favorito (Gn 21:27,28).
Por causa da fome (Gn 26:1), Isaque foi para Gerar, onde enganou o rei filisteu no que tocava à sua relação com Rebeca, imitando a conduta do seu pai no Egipto (Gn 12:12-20) e em Gerar (Gn 20:2). O rei filisteu repreendeu-o por causa da sua prevaricação.
Após ter passado algum tempo na terra dos filisteus, voltou para Berseba, onde Deus lhe confirmou as bênçãos do concerto e onde Abimeleque fez um concerto de paz com ele.
O seguinte evento importante da sua vida foi a bênção dada aos seus filhos (Gn 27:1). Morreu em Manre, “velho e farto de dias” (Gn 35:27-29), com 180 anos, tendo sido sepultado na cova de Macpela.
No Novo Testamento é feita referência ao facto de ele quase ter sido oferecido em sacrifício pelo seu pai (Hb 11:17; Tg 2:21), assim como à bênção que ele deu aos seus filhos. Sendo o filho da promessa, é feito o contraste entre ele e Ismael (Rm 9:7,10; Gl 4:28; Hb 11:18).
Isaque é, “em dado momento, a imagem do seu pai em devoção simples e pureza de vida e um contraste na sua fraqueza passiva de carácter que, em parte, pelo menos, poderá ter surgido das suas relações com a sua mãe e com a sua mulher. Após a expulsão de Ismael e Agar, Isaque passou a não ter adversários e cresceu na sombra da tenda de Sara, moldado por uma suavidade feminina, através de uma submissão habitual à sua forte e terna vontade.”
A sua vida era tão calma e rotineira, que não ultrapassava “um circulo de algumns Km; tão sincera, que se deixou enganar por Jacó, em vez de não acreditar na sua segurança; tão terna, que a morte da sua mãe se tornou num sofrimento vivo durante vários anos; tão paciente e gentil, que a paz com os seus vizinhos lhe era mais cara do que uma possessão tão cobiçada como um poço de água cavado pelos seus próprios homens; tão imensamente obediente, que ele até põe a sua vida à disposição do seu pai, tão firme na sua confiança em Deus, que a sua maior preocupação pela vida fora foi honrar a promessa divina dada à sua raça”.
IR-NAÁS - Heb. ‘Îr-Nachash, “cidade da serpente”.
Um descendente de Judá (1Cr 4:12), mas geralmente considerado como sendo o nome de um local, por causa do seu significado. Contudo, não foi ainda identificada nenhuma cidade com este nome. Nelson Glueck identifica-a com Khirbet Nahâs, no Wâdi el-‘Arabah, onde ele descobriu um monte de escórias de cobre.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
IDO - Encantador.
1.) Pai de Baraquias e avô do profeta Zacarias (Zc 1:1,7). Foi um dos que voltou da Babilónia (Ne 12:4);
2.) Um levita descendente de Gerson (1Cr 6:21);
3.) Pai de Ainadabe, que era um dos fornecedores de Salomão (1Rs 4:14);
4.) Um profeta de Judá que escreveu a história de Reoboão e Abias (2Cr 12:15). Foi também identificado como Oded (1Cr 15:1);
5.) Filho de Zacarias (1Cr 27:21), governador de Manassés no tempo de David.
HUSAI - Rápido.
“O arquita”, “o amigo do rei” (1Cr 27:33). Quando David foge de Jerusalém por causa da rebelião de Absalão e atinge o cume do Olivete, aí encontra Husai, a quem enviou de volta a Jerusalém, a fim de neutralizar a influência de Aitofel, que se juntara a Absalão (2Sm 15:32,37; 2Sm 16:16-18). Foi por causa do seu conselho que Absalão não perseguiu logo David. Por causa deste atraso, a causa de Absalão ficou arruinada, pois deu a David a oportunidade de reunir os seus homens.
1.) Marido de Miriã, irmã de Moisés (Ex 17:10-12). Juntamente com Aarão, ficou a tomar conta do povo, quando Moisés se ausentou para o Sinai (Ex 24:14). É provável que fosse da tribo de Judá e avô de Bezaleel (Ex 31:2; Ex 25:30; 1Cr 2:19);
Uma profetiza, mulher de Salum. Foi consultada por causa do “livro da lei” descoberto pelo sumo sacerdote Hilquias (2Rs 22:14-20; 2Cr 34:22-28). Morava naquela parte de Jerusalém chamada Mishneh (“o colégio” ou “a segunda parte”), que alguns supõem ser o subúrbio entre o muro interior e exterior, a segunda cidade ou a cidade mais baixa. Miriã (Ex 15:20) e Débora (Jz 4:4) são as únicas outras mulheres que utilizam o título de “profetiza”, pois a palavra em Is 8:3 apenas significa a mulher do profeta.
domingo, 19 de outubro de 2008
Um dos filhos de Eli, o sumo sacerdote (1Sm 1:3; 1Sm 2:34) que, por causa da sua muita idade, renunciou a seu favor. Por causa da sua conduta escandalosa, fizeram cair uma maldição sobre a casa de seu pai (1Sm 2:22,12-36; 1Sm 3:33). Por causa da sua maldade, foi chamado “filho de Belial”, isto é, homem sem valor (1Sm 2:12). Ambos morreram numa desastrosa batalha contra os filisteus em Afeque (1Sm 4:11).
HOBABE - Amado.
Um queneu que tem sido geralmente identificado com Jetro; (Ex 18:5,27; Nm 10:29,30). Em Jz 4:11, a palavra traduzida por “sogro” significava exactamente qualquer familiar masculino por casamento (compare com Gn 19:14, “genro”) e deveria ser traduzida por “cunhado”. Os seus descendentes seguiram Israel até Canaã (Nm 10:29) e primeiro armaram as suas tendas perto de Jericó, instalando-se depois no sul, nas fronteiras de Arade (Jz 1:8-11,16).
HIRÃO - De alta linhagem.
1.) Geralmente conhecido por “Hurão”, é um dos filhos de Belá (1Cr 8:5);
2.) Também “Hurão” e “Horão”, foi rei de Tiro. Fez uma aliança com David e ajudou-o na construção do seu palácio, enviando-lhe homens capazes e também cedros e abetos do Líbano (2Sm 5:11; 1Cr 14:1). Depois da morte de David, fez uma aliança semelhante com Salomão e ajudou-o grandemente na construção do templo (1Rs 5:1; 1Rs 9:1; 2Cr 2:3). Tomou também parte no comércio que Salomão manteve nos Mares Orientais (1Rs 9:27; 1Rs 10:11; 2Cr 8:18; 2Cr 9:10);
3.) O “homem sábio” que Hirão enviou a Salomão. Era filho de uma viúva de Dã, tendo o seu pai nascido em Tiro. Em 2Cr 2:13, menciona-se o nome “Hurão Abiú, sendo “Abiú” visto como um nome próprio, ou talvez seja apenas um título de distinção dado a Hurão e equivalente a “mestre” (compare com 1Rs 7:14; 2Cr 4:16). Foi ele que projectou as magníficas obras de bronze para o templo de Salomão, fundindo-as na terra argilosa da campina do Jordão, entre Sucote e Zereda.
HILQUIAS - Porção de Jeová.
1.) Sumo sacerdote no reinado de Josias (1Cr 6:13; Ed 7:1). A ele e ao seu assistente (2Rs 23:5), juntamente com os outros sacerdotes e levitas que tinham a seu cargo os portões, foi concedida a tarefa de purificação do templo de Jerusalém. Enquanto tal acontecia, ele descobriu num canto escondido do edifício, um livro chamado o “livro da lei” (2Rs 22:8) e o “livro do concerto” (2Rs 23:2). Esta descoberta deu-se no 18º ano do reinado de Josias (624 a.C.), uma descoberta que afectou permanentemente toda a história subsequente de Israel;
2.) Pai de Gemarias (Jr 29:3);
3.) Pai do profeta Jeremias (Jr 1:1);
4.) Pai de Eliaquim (2Rs 18:18,26,37).
HIEL - Vida de Deus.
Um nativo de Betel, que reconstruiu Jericó cerca de 700 anos após a sua destruição pelos Israelitas. A maldição proferida por Josué (Js 6:26) caiu sobre ele. Ao colocar a fundação da cidade, o seu primeiro filho morreu e ao colocar os portões, morreu o seu filho mais novo (1Rs 16:34), ou seja, durante o processo da obra, todos os seus filhos morreram.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Filha de Aristóbulo e Berenice (Mt 14:33-11; Mc 6:17-28; Lc 3:19). Habitava ela em Roma com o seu marido Herodes Filipe I e com a sua filha, quando Herodes Antipas se encontrou com ela durante uma das suas viagens à cidade. Ela consentiu em deixar o seu marido, para se tornar sua mulher. Algum tempo depois, Herodes conheceu João Baptista que, sem pejo, declarou que o casamento era ilegal. Por causa disso, foi “enviado para a prisão,” e subsequentemente decapitado
HERODES, O GRANDE
Rei da Judeia e de toda a Palestina na altura do nascimento de Jesus. Era o segundo filho do edomeu Antipater, e assim um descendente dos antigos edomitas, mas era judeu de cidadania e profissão religiosa. Herodes foi um grande construtor e fundador de várias cidades magníficas, que foram construídas no estilo helenístico e esplendor. Estas incluíam duas cidades nomeadas em homenagem ao imperador Augusto: Samaria, à qual ele chamou Sebaste (grego que significa "Augusta"), e a Cesareia, que mais tarde se tornou a sua capital. Outras cidades ou fortalezas construídas por ele eram Masada, perto da margem ocidental do Mar Morto, Gaba na Galileia , e Esbon (antiga Hesbon) na Pereia.
A cidade de Jerusalém também recebeu a sua atenção. Começando em c. 20 B.C. ele reconstruiu o templo de Zorobabel, que estava praticamente em ruinas, e começou a erigir edificios magníficos dentro e à volta do templo. Construiu também um palácio real em Jerusalém, uma torre do qual ainda é parcialmente visível na secção inferior da denominada "Torre de David" na citadela. Herodes construiu também um teatro e um anfiteatro. Os judeus odiavam-no porque ele era edomeu e amigo dos romanos, e devido à sua vida privada escandalosa. Eles guardavam rancor da sua extrema crueldade e da sua imposição de impostos pesados a fim de suportar as suas construções.
Herodes o Grande aparece na Bíblia no Novo Testamento como referência à data da altura em Lc 1:5, e na narrativa dos "homens sábios do oriente" relatado em Mt 2:1-18. Depois de ter ouvido que um descendente de David tinha nascido em Belém de acordo com uma profecia antiga, o rei deu ordens para matar todas as crianças daquela cidade. Este acto cruel não está registado na história secular. No entanto está em completa harmonia com as suas outras atrocidades e actos cruéis. A ultima atrocidade planeada por Herodes felizmente nunca chegou a ser executada. Sabendo que haveria grande alegria no reino quando as pessoas soubessem da sua morte, mandou prender os judeus mais influentes no estádio em Jericó, e deu ordens que fossem mortos assim que ele morresse, a fim de providenciar algum pranto na altura da sua morte. No entanto, a sua irmã Salomé e o seu marido Alexas, que estavam encarregues de executar esta ordem, frustraram o seu plano ao libertar os prisioneiros após a sua morte, trazendo assim grande alegria a muitos lares judeus. Herodes morreu no seu 34º ano de reinado com a idade de 69 anos em 4/3 B.C. muito provavelmente na primavera de 4 B.C.
1.) HERODES FILIPE I - Filho de Herodes, o Grande e de Mariana, a filha de Simão, o sumo sacerdote (Mc 6:17). Distingue-se de um outro Filipe chamado “o tetrarca”. Viveu em Roma com a sua mulher Herodias e a sua filha Salomé;
HERODES ANTIPAS
Herodes Antipas, filho de Herodes, o grande e de Maltace (Mt 14:1; Lc 3:1,19>>; At 13:1), a sua mulher samaritana. Foi tetrarca da Galileia durante todo o período da vida do Nosso Senhor (Luc 23:7). Era um príncipe frívolo e presunçoso e foi acusado de imensos crimes infames (Mc 8:15; Luc 3:19 e Luc 13:31,32). Decapitou João Baptista (Mt 14:1-12), por instigação de Herodias, a mulher do seu meio irmão Herodes Filipe, com quem tinha casado. Pilatos enviou-lhe Cristo, quando ele esteve em Jerusalém pela Páscoa (Luc 23:7). Herodes fez-lhe algumas perguntas fúteis e depois de escarnecer dele, enviou-o novamente a Pilatos. A mulher de Cusa, o procurador de Herodes, era uma das discípulas de Cristo (Luc 8:3).
1.) HERODES AGRIPA I - Filho de Aristóbulo e Berenice e neto de Herodes, o Grande. Foi feito tetrarca das províncias outrora ocupadas por Lisâneas II e, nos últimos tempos, possuiu todo o império do seu avô - Herodes, o Grande - com o título de rei. Mandou matar o apóstolo Tiago e colocou Pedro na prisão (Lc 3:1; At 12:1-19). No segundo dia de uma festa dada em honra do imperador Cláudio, ele apareceu no grande teatro de Cesareia. “O rei apareceu vestido com magníficos trajes, onde a prata era abundante. O incidente deu-se durante o dia e os raios do sol, ao baterem no rei, fizeram com que os olhos dos espectadores se ofuscassem com o brilho que o rodeava. Vozes por aqui e por ali exclamaram que se tratou da aparição de algo divino. E quando ele falou para o povo, eles gritaram, dizendo: ‘É a voz de um deus e não a de um homem.’ Mas a meio desta ostentação idólatra, o anjo de Deus rapidamente o castigou. Levaram-no dali quase moribundo.” Morreu (44 d.C.) da mesma doença que matou o seu avô (At 12:21-23), com 54 anos de idade, tendo reinado durante quatro anos como tetrarca e três como rei de toda a Palestina. Após a sua morte, o seu reino passou a ser controlado pelo Perfeito da Síria e a Palestina foi totalmente incorporada no império;
Um heveu a quem Jacó comprou o pedaço de terra onde, mais tarde, José foi sepultado (Gn 33:19). Em Actos 7:16 é chamado "Emor". O seu filho Siquém fundou uma cidade com esse nome e que Simeão e Levi destruíram por causa do crime dele, relacionado com Diná, a filha de Jacó (Gn 34:20). Hamor e Siquém também foram mortos.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
O nome aparece em antigas inscrições sul arábicas como Chsrmwth, idêntica à forma do VT e também com a grafia Chrmth. Um filho de Joctã e antepassado de uma tribo do sul da Arábia (Gn 10:26; 1Cr 1:20) e que deu o seu nome à área agora conhecida por Hadramaut.
HANUM - "Graciosamente dado".
Filho e sucessor de Nubás, rei de Moabe. Os mensageiros que David enviou a Rabá-Amom, a capital de Moabe, com as suas condolências, foram tratados de um modo tão grosseiro, que David lhe declarou guerra. Os exércitos de David, comandados por Joabe, cruzaram o Jordão e ganharam a batalha contra os Moabitas e os seus aliados, em Medeba (2Sm 10:1-14).
1.) Um falso profeta contemporâneo de Jeremias (Jr 28:3,17);
2.) Filho de Zorobabel (1Cr 3:19,21);
3.) Um sacerdote, filho de Jeremias (Ne 12:12);
HANANI - "Deus satisfez-me" ou "Deus é gracioso".
1.) Um dos filhos de Hemã (1Cr 25:4,25);
2.) Um profeta que foi enviado a Asa com o objectivo de o repreender por ele se ter aliado a Ben-Hadade I, o rei da Síria, contra Judá (2Cr 16:1-10). Era provavelmente o pai do profeta Jeú (1Rs 16:7);
3.) Era provavelmente o irmão de Neemias (Ne 1:2 e Ne 7:2), que lhe relatou a condição melancólica de Jerusalém. Mais tarde, Neemias nomeou-o para maioral da fortaleza.
HAMÃ - Nome de origem persa que "Grandioso".
Primeiro ministro do rei persa Assuero (Et 3:1). É chamado um "agagita", o que parece querer dizer que ele era descendente da família real amalequita, os mais implacáveis inimigos dos judeus, sendo Agague um dos títulos usados pelos reis amalequitas. Ele ou os seus pais foram trazidos como cativos de guerra para a Pérsia. Foi enforcado no engenho que mandara erigir para Mardoqueu, o judeu (Et 7:10).
HAGARENO
1.) Nome dado a Jaziz (1Cr 27:31), que estava sobre o gado miúdo de David. "Um hagarita que tinha a seu cargo o gado miúdo de David e um ismaelita que tinha a seu cargo os rebanhos dele porque os animais pastoreavam nos distritos onde aqueles povos nómadas costumavam alimentar o seu gado.";
2.) Um dos valentes de David, filho de um estrangeiro.
1.) Filho de Toú, rei de Hamate, enviado pelo seu pai a felicitar David pela sua vitória sobre Hadarezer, rei da Síria (1Cr 18:10). É chamado Jorão em 2Sm 8:10;
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Rei de Zoba. Hanum, rei dos amonitas, contratou, entre outros, o exército de Hadadezer para o ajudar na sua luta contra David. Joabe, que foi enviado a combater este exército confederado, encontrou-o organizado em duas frentes: os amonitas na direcção de Rabá, a sua capital e os mercenários sírios perto de Medeba. Na batalha que se seguiu, os sírios foram dispersos e os amonitas, alarmados, fugiram para a sua capital. Depois disto, Hadadezer dirigiu-se para norte "para recuperar as suas fronteiras" (2Sm 8:3); mas, como traduz a Versão Revista, "para recuperar os seus domínios", i.e., para recrutar as suas forças. Seguiu-se, então, outra batalha com o exército sírio assim recrutado, tendo eles sido destruídos em Helã (2Sm 10:17). Sobaque, o líder do exército sírio, morreu no campo de batalha. Os sírios de Damasco, que tinham vindo ajudar Hadadezer, também foram derrotados e Damasco passou a ser tributária de David. Todos os despojos desta guerra, "escudos de outro" e "muito bronze", a partir do qual "o mar de bronze, os pilares e os vasos de bronze" para o templo foram feitos (1Cr 18:8), foram trazidos para Jerusalém e dedicados a Deus. Assim se quebrou, finalmente, o poder dos amonitas e dos sírios e o império de David se estendeu até ao Eufrates (2Sm 10:15-19; 1Cr 19:15-19).
HADADE - Talvez signifique "Bravo".
1.) Outro rei edomita (1Cr 1:50,51), também chamado Hadar (Gn 36:39; 1Cr 1:51);
2.) Rei edomita que derrotou os midianitas (Gn 36:35; 1Cr 1:46);
3.) Um dos filhos de Ismael (1Cr 1:30). Também conhecido por Hadar (Gn 25:15);
4.) Um dos "da semente do rei de Edom". Fugiu para o Egipto, onde casou com a irmã da mulher de Faraó (1Rs 11:14-22). Foi um dos adversários de Salomão.
1.) Filha de Diblaim que, provavelmente em visão, se tornou na mulher de Oseias (Os 1:3);
GOLIAS - "Grande".
1.) Em 2Sm 21:19, lemos sobre um outro gigante que foi morto por El-Hanã. A sua lança era a "haste como o órgão do tecelão". Algumas versões intercalam as palavras "o irmão de" em 1Cr 20:5, onde o gigante é chamado Lami;
2.) Um famoso gigante de Gate, que durante quarenta dias desafiou abertamente os exércitos de Israel, mas que acabou por ser morto por David, com uma pedra da sua funda (1Sm 17:4). É provável que fosse um descendente dos de Refaim, que encontraram refúgio entre os filisteus, quando foram dispersos pelos amonitas (Dt 2:20,21). Media "seis côvados e um palmos," o que, igualando a 21 polegadas, dá um total de 10 pés e meio. David cortou-lhe a cabeça (1Sm 17:51) e trouxe-a para Jerusalém, pendurando na sua tenda a armadura que lhe tirara. A espada de Golias foi preservada em Nobe como troféu religioso. A vitória que David obteve sobre Golias foi o ponto de viragem da sua vida. Passaram-no a ver como o libertador de Israel, o chefe das gentes de guerra de Saúl e um amigo devotado de Jónatas.
Nome do líder de um grupo hostil descrito em Ez 38 e Ez 39. Viria "das bandas do norte" com o fim de destruir o povo de Israel. Esta profecia é vista como tendo sido cumprida com os conflitos entre os Macabeus e Antioco, com a invasão e destruição dos caldeus e com os êxitos temporários e destruição que estava reservada aos turcos. Mas "todas estas interpretações são inadequadas e pouco satisfatórias. A visão relacionada com Gog e Magog (Ap 20:8) é, no fundo, uma reafirmação da profecia de Ezequiel. Mas enquanto que Ezequiel contempla o grande conflito sob uma luz mais geral, aquilo que certamente estaria relacionado com o Messias e que, então, teria consequências decisivas, João, por outro lado, escrevendo no início dos tempos do Messias, descreve as últimas lutas e vitórias da causa de Cristo. Em ambos os casos, a visão descreve as últimas obras do mal no mundo e os resultados relacionados com o reino de Deus. Acontece que o ponto de partida de uma delas se situa mais no futuro do que o da outra.
1.) Um descendente de Finéias que regressou da Babilónia com Esdras (Ed 8:2);
2.) Filho de Manassés (Jz 18:30);
1.) O filho de Hilquias que acompanhou Safã, quando este foi levar a Nabucodonozor o dinheiro do tributo, da parte de Zedequias e que, ao mesmo tempo, foi portador de uma carta da parte de Jeremias para os judeus cativos na Babilónia (Jr 29:3,4);
Também conhecido por Jerubaal (Jz 6:29,32). Foi o primeiro dos juizes a ter a sua história narrada nas Escrituras (Jz 5:1-8:35). O seu chamado marca o início do segundo período da história dos juizes. Após a vitória que Débora e Baraque conseguiram sobre Jabim, Israel novamente se afundou na idolatria e os midianitas, os amalequitas, assim como os outros "filhos do Este", atravessaram o Jordão todos os anos, durante sete anos consecutivos, com o objectivo de pilharem e assolarem a terra. Gideão recebeu um chamado directo de Deus para que levasse a cabo a tarefa de libertar a terra daqueles invasores dados à guerra. Era da família de Abiezer (Js 17:2; 1Cr 7:18) e da pequena cidade de Ofra (Jz 6:11). Primeiro, acompanhado de dez dos seus servos, ele derrubou os altares de Baal e o bosque que estava perto deles, fazendo, depois, soar a trombeta de alarme. O povo, então, reuniu-se no cimo do Monte Gilboa, sendo em número de 22.000 homens. Estes, contudo, ficaram reduzidos a 300. Este exército armado com tochas, cântaros e buzinas desceram rapidamente de três pontos diferentes do campo de Midiã, à meia noite, no vale a norte de Moré, gritando: "Pelo Senhor e por Gedeão" (Jz 7:18). Aterrorizados, os midianitas ficaram confundidos e na escuridão, mataram-se uns aos outros, de modo que, de um exército de 120.000 homens, somente 15.000 escaparam com vida.
A recordação desta grande libertação impressionou grandemente a nação (1Sm 12:11; Sl 83:11; Is 9:4 e Is 10:26; Hb 11:32). E a terra descansou durante 40 anos. Gedeão morreu bem velho e foi sepultado junto de seus pais. Pouco depois da sua morte, houve outra mudança. O povo novamente se esqueceu de Jeová e começou a adorar a Baalim, "nem usaram de beneficência com a casa de Jerubaal" (Jz 8:35). Gedeão teve setenta filhos, uma descendência tristemente degenerada e fraca, com excepção de Abimeleque, que parece ter tido muita da coragem e energia do seu pai, embora tivesse uma ambição inquieta e sem escrúpulos. Juntou um grupo de homens à sua volta e matou todos os filhos de Gedeão em cima duma pedra, com excepção de Jotão.
domingo, 12 de outubro de 2008
GEDALIAS - "Deus o fez grande"
1.) Filho de Jedutum (1Cr 25:3,9);
2.) Filho de Aicão e neto de Safã. Foi o secretário do rei Josias (Jr 26:24). Depois da destruição de Jerusalém, Nabucodonozor permitiu que ele ficasse a governar o país como seu tributário (2Rs 25:22; Jr 40:5). Contudo, Ismael, o chefe de uma facção da família real, "judeus implacáveis", levantou-se contra ele, matando-o e "a todos os judeus que estavam com ele" (Jr 41:2,3) em Mizpá, cerca de três meses após a destruição de Jerusalém. Ele e o seu bando saquearam a cidade de Mizpá, fazendo muitos cativos. Foi, no entanto, atingido por Joanã e derrotado. Mas Ismael fugiu com oito dos seus homens e dirigiu-se para junto dos amonitas. Os poucos judeus que restaram fugiram para o Egipto;
3.) Um dos judeus nobres que conspirou contra Jeremias (Jr 38:1);
4.) Avô do profeta Sofonias e pai de Cusi (Sf 1:1).
GEAZI - "Vale da visão".
Servo de confiança de Eliseu (2Rs 4:31; 2Rs 5:25 e 2Rs 8:4,5). Aparece ligado à história da sunamita (2Rs 4:14,31) e de Naamã, o sírio. Nesta última ocasião, ele foi culpado de duplicidade e desonestidade de carácter, fazendo com que Elias denunciasse o seu crime com justa severidade e pronunciasse contra ele uma terrível condenação: "A lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre" (2Rs 5:20-27).
Mais tarde, vai contar ao rei Jorão os grandes feitos do seu mestre (2Rs 8:1-6).
GAMALIEL - "Galardão de Deus".
1.) Filho do rabi Simeão e neto do famoso rabi Hilel. Era fariseu e, por isso, um opositor dos saduceus. Era conhecido pela sua erudição, tendo sido presidente do Sinédrio durante os reinados de Tibério, Calígula e Claúdio. Morreu, segundo se diz, com 85 anos, antes da destruição de Jerusalém.
Quando os apóstolos foram apresentados ao Conselho, acusados de pregarem a ressurreição de Jesus, o zeloso fariseu Gamaliel aconselhou moderação e calma. Como referência a eventos bem conhecidos, ele aconselhou-lhes "a absterem-se de fazer algo àqueles homens. "Se o seu trabalho ou conselho for de homens, desfazer-se-á; mas se for de Deus, não poderão desfazê-lo". Por isso, deveriam acautelar-se para que não fossem achados "combatendo contra Deus" (At 5:34-40). Paulo foi um dos seus discípulos (At 22:3)
2.) Um chefe da tribo de Manassés na altura do censo no Sinai (Ne 1:10; Ne 2:20; Ne 7:54,59).
O irmão mais velho de Seneca, o filósofo, que foi tutor e, durante algum tempo, ministro do imperador Nero. Foi "procurador", i.e., procônsul da Acaia, como se refere na Versão Revista, no tempo do imperador Claúdio, quando Paulo visitou Corinto (At 18:12). A palavra aqui utilizada por Lucas, ao descrever a posição ocupada por Gálio, mostra a sua exactidão. Acaia era uma província senatorial no tempo de Claúdio e o governador de tal província era chamado um "procônsul". Os seus contemporâneos referem-se-lhe como "o amável Gálio" e ele é descrito como o homem mais popular e afectuoso da sua época. Quando os judeus trouxeram Paulo perante o seu tribunal, acusando-o de persuadir "os homens a servir Deus contra a lei" (At 18:13), Gálio recusou-se a ouvi-los e "expulsou-os do tribunal" (At 18:16).
1.) Um cristão da Ásia Menor a quem João se dirige na sua Terceira Epístola;
2.) Um homem de Derbe que acompanhou Paulo até à Ásia, na sua última viagem a Jerusalém;
GADE - "Ventura" ou "sorte".
1.) GADE, TRIBO DE. - O sétimo filho que Jacó teve de Zilpa, a serva de Leia e irmão de Aser (Gn 30:11-13 e Gn 46:16,18). Nalgumas versões, em Gn 30:11, as palavras: "Vem uma turba e chamou o seu nome Gade" deveriam ser traduzidas por: "Com sorte ("afortunado") e chamou o seu nome Gade", ou "Vem a sorte e chamou o seu nome Gade."
A tribo de Gade, durante a marcha pelo deserto, situava-se, juntamente com Simeão e Rúben, a sul do tabernáculo (Ne 2:14). As tribos de Rúben e Gade, no seguimento da sua história, prosseguiram a actividade dos patriarcas (Ne 32:1,5).
A porção atribuída a Gade ficava a este do Jordão e incluía metade de Gileade, uma região de grande beleza e fertilidade (Dt 3:12), que a este fazia fronteira com o deserto árabe, a oeste com o Jordão (Js 13:27) e a norte com o rio Jaboque. Incluía, assim, todo o vale do Jordão até ao Mar da Galileia, onde, então, estreitava.
Esta tribo era cruel e dada à guerra; eram "varões valentes, homens de guerra para pelejar, armados com rodela e lança; e seus rostos eram como rostos de leões e ligeiros como corças sobre os montes" (1Cr 12:8 e 1Cr 5:19-22). Barzilai (2Sm 17:27) e Elias (1Rs 17:1) eram desta tribo. Foram levados em cativeiro por Tiglath-Pileser III ao mesmo tempo que as outras tribos do norte (1Cr 5:26) e no tempo de Jeremias (1Cr 49:1), os amonitas habitavam nas suas cidades;
2.) Um profeta que se juntou a David no "lugar forte". Ao ser aconselhado por ele, David mudou-se para o bosque de Herete (2Cr 29:29; 1Sm 22:5). Muitos anos depois, ele é mencionado em ligação com o castigo infligido por Deus a David, quando este numerou o povo (2Sm 24:11-19; 1Cr 21:9-19). Ele escreveu um livro chamado "Actos de David" (1Cr 29:29). Esteve na base da ordenação dos serviços musicais da "casa de Deus" (2Cr 29:25). Foi-lhe dado o título de "vidente de David" (2Sm 24:11,13; 1Cr 21:9).
GADE - "Ventura" ou "sorte".
Um profeta que se juntou a David no "lugar forte". Ao ser aconselhado por ele, David mudou-se para o bosque de Herete (2Cr 29:29; 1Sm 22:5). Muitos anos depois, ele é mencionado em ligação com o castigo infligido por Deus a David, quando este numerou o povo (2Sm 24:11-19; 1Cr 21:9-19). Ele escreveu um livro chamado "Actos de David" (1Cr 29:29). Esteve na base da ordenação dos serviços musicais da "casa de Deus" (2Cr 29:25). Foi-lhe dado o título de "vidente de David" (2Sm 24:11,13; 1Cr 21:9).
GABRIEL - "O campeão de Deus".
Usado como nome próprio, designa o anjo enviado a Daniel (Dn 8:16), com o objectivo de lhe explicar a visão do carneiro e do bode, assim como comunicar-lhe a profecia das setenta semanas (Dn 9:21-27).
Ele anunciou também o nascimento de João Baptista (Lc 1:11) e do Messias. Gabriel descreve-se a si mesmo com as palavras: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus" (Dn 1:19).
Filho de Ebede, em quem alguns homens de Siquém "depositaram a sua confiança", quando se tornaram descontentes com Abimeleque. Foi ele que liderou a revolução e conduziu os homens de Siquém contra Abimeleque; mas foi derrotado, fugindo para sua casa (Jz 9:26-46). Não mais se ouve falar dele depois desta batalha.
FINEIAS - Descarado, ou do antigo Egipto, o negro.
1.) Um dos filhos de Eli, o sumo sacerdote (1Sm 1:3; 1Sm 2:12). Ele e o seu irmão Hofni foram culpados de grandes crimes e, por isso, a destruição caiu sobre a casa de Eli (31). Ele morreu na batalha contra os filisteus (1Sm 4:4, 11); e a sua mulher, ao ouvir dizer que ele tinha morrido, deu à luz o seu filho, ao qual chamou “Icabô”, morrendo de seguida (19-22);
2.) Filho de Eleazar, o sumo sacerdote (Ex 6:25). Enquanto ainda jovem, notabilizou-se em Sitim pelo zelo que demonstrou contra a imoralidade com que as Moabitas tentaram o povo (Nm 25:1-9), fazendo, assim, parar a praga que recaíra sobre o povo e pela qual morreram 24 mil de entre o povo. Por causa da sua fidelidade nessa ocasião, recebeu a aprovação divina (10-13). Mais tarde, comandou o exército contra os midianitas (Nm 31:6-8). Quando os representantes do povo foram enviados a protestar contra as duas tribos e meia que, logo depois de atravessarem o Jordão, construiram um altar e partiram sem darem qualquer explicação, Fineias era o seu líder e dirigiu-se-lhes com as palavras que estão registadas em Js 22:16-20. Segue-se-lhe a explicação das tribos. Aquele altar era destinado a permanecer como testemunha de que eles ainda faziam parte de Israel. Fineias foi, mais tarde, o conselheiro-chefe na guerra contra os benjamitas. É recordado no Sl 106:30, 31.
1.) Um dos “sete” (At 6:5), também chamado “o evangelista” (At 21:8, 9). Foi um dos que fugiu por causa da perseguição que a morte de Estevão despoletou. Foi primeiro para Samaria, onde trabalhou como evangelista, sendo bem sucedido (At 8:5-13). Enquanto ali permaneceu, recebeu uma ordem divina para seguir para o sul, pela estrada que ligava Jerusalém a Gaza. Estas cidades estavam ligadas por duas estradas. A que Filipe foi induzido a tomar, era a que passava por Hebrom e, por consequência, através de uma região pouco habitada, sendo, por isso, apelidada de “deserto”. Enquanto por aí seguia, foi ultrapassado por uma quadriga na qual se encontrava um etíope, o eunuco da raínha Candace, que estava a ler, provavelmente da versão Septuaginta, um trecho das profecias de Isaías (Is 53:6, 7). Filipe estabeleceu conversa com ele, explanou-lhe aqueles versículos e pregou-lhe as boas novas da salvação. O eunuco recebeu a mensagem e creu nela, tendo sido baptizado, após o que partiu, regozijando-se. Filipe foi imediatamente transportado pelo Espírito, após o baptismo e o eunuco não mais o viu. Filipe achou-se depois em Azoto, onde prosseguiu a obra evangélica, até voltar para Cesareia. Não volta a ser mencionado novamente durante cerca de vinte anos, para ser visto mais tarde ainda em Cesareia (At 21:8), quando Paulo e os seus companheiros se dirigiam para Jerusalém. A partir daí, desaparece completamente;
FILÉMON
Um habitante de Colosso e, aparentemente, alguém com uma boa reputação entre os cidadãos daquela cidade (Cl 4:9; Fm 1:2). Entrou em contacto com o Evangelho através de Paulo (19) e ocupou um lugar proeminente na comunidade cristã pela sua piedade e beneficência (4-7). É mencionado na sua epístola como “nosso cooperador” e, por isso, terá ocupado um qualquer cargo na igreja de Colosso; seja como for, o título demonstra que ele tomou parte na obra de propagação do Evangelho.
O sucessor de Félix (60 d.C.) como procurador da Judeia (At 24:27). Poucas semanas depois de ele ter sido nomeado, o caso de Paulo, então preso em Cesareia, foi trazido perante ele. No "dia seguinte", depois que se dirigiu a Cesareia, Festo ouviu o que Paulo tinha a dizer em sua defesa, na presença de Herodes Agripa II e da sua irmã Berenice, sentindo que nada do que ele dissera pedia a morte ou a prisão. Festo tê-lo-ia libertado, se Paulo não tivesse apelado para César (At 25:11,12). Como consequência deste apelo, Paulo foi mandado para Roma. Festo, depois de ocupar aquele lugar durante menos de dois anos, morreu na Judeia
O procurador romano da Judeia perante quem Paulo "discorreu" (At 24:25). Parece que ele esperava que Paulo o subornasse e, por isso, manteve com ele várias entrevistas. Os "louváveis serviços" mencionados em At 24:3 referiam-se ao facto de ele estar a limpar o país de todos os bandidos e impostores.
Ao fim de um mandato de três anos, Pórcio Festo foi nomeado para o lugar de Félix (60 d.C.) que, nessa altura, foi para Roma e aí foi acusado, pelos judeus de Cesareia, de crueldade e má administração. A acusação foi considerada nula, devido à influência que o seu irmão Pallos tinha sobre Nero.
Drúsila, a filha de Herodes Agripa, tendo sido induzida por Félix a deixar o seu marido, o rei de Emesa, tornou-se sua companheira adúltera. Ela esteve sentada ao seu lado, quando Paulo proferiu o seu discurso perante os juizes. Quando Félix cedeu o seu lugar a Festo, "desejando dar prazer aos judeus", manteve Paulo preso.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
EZEQUIEL - "Deus fortalecê-lo-á".
1.) Um dos profetas maiores. Filho de Buzi, o sacerdote (Ez 1:3).
Foi um dos exilados que se estabeleceu em Tel-Abib, nas margens do Quebar, "na terra dos Caldeus." Foi, provavelmente, levado cativo juntamente com Joaquim (Ez 1:2; 2Rs 24:14-16), em cerca de 597 a.C. O seu chamado profético chegou-lhe "no quinto ano do cativeiro de Joaquim" (594 a. C.). Possuía uma casa no local onde estava exilado. No nono ano do seu exílio e devido a um repentino e imprevisto golpe, a mulher de Ezequiel morreu (Ez 8:1 e Ez 24:18). Ele ocupava um lugar de proeminência entre os exilados e era, frequentemente, consultado pelos anciãos Ez 8:1; Ez 11:25; Ez 14:1; Ez 20:1. O seu ministério durou cerca de 23 anos (Ez 29:17) - 595-573 a. C. - e durante parte desse período, ele foi contemporâneo de Daniel (Ez 14:14 e Ez 28:3), Jeremias e provavelmente de Obadias. Não são conhecidos o momento e modo como ele morreu. Aponta-se o local do seu túmulo como estando nas vizinhanças de Bagdade, num local chamado Keffil.
2.) O mesmo que Jeezequel, chefe do 20º turno de sacerdotes, no tempo de David.
EZEQUIAS
1.) Filho de Acaz e pai de Manassés (Mt 1:9,10);
2.) Filho de Acaz (2Rs 18:1; 2Cr 29:1), a quem sucedeu no trono do reino de Judá. Reinou durante 29 anos (726-697 a.C.). A história deste rei vem mencionada em 2Rs 18:20, Is 36:1-39:8 e 2Cr 29:1. Propôs-se a abolir a idolatria do seu reino e entre outras coisas que realizou com este fim, destruiu a “serpente de metal”, que fora levada para Jerusalém e se transformara num objecto de adoração idólatra (Nm 21:9). Foi feita uma grande reforma no reino de Judá, nos seus dias (2Rs 18:4; 2Cr 29:3-36)
Com a morte de Sargão e a ascensão do seu filho Senaqueribe ao trono da Assíria, Ezequias recusou-se a pagar o tributo que o seu pai tinha pago, “rebelando-se contra o rei da Assíria e não o servindo”, aliando-se ao Egipto. Tudo isto levou a que Senaqueribe invadisse Judá (2Rs 18:13-16), tomando quarenta cidades e sitiando Jerusalém. Ezequias cedeu às exigências do rei assírio e concordou em pagar-lhe 300 talentos de prata e trinta de ouro (2Rs 18:14).
Mas Senaqueribe agiu traiçoeiramente para com Ezequias (Is 33:1) e uma segunda vez, em dois anos, invadiu o seu reino (2Rs 18:17; 2Cr 32:9; Is 36). Esta invasão levou à destruição do exército de Senaqueribe. Ezequias orou a Deus e “naquela mesma noite, saiu o anjo do Senhor e feriu no arraial dos Assírios 185.000 deles”. Senaqueribe fugiu para Nínive com o abalado remanescente das suas forças onde, 17 anos depois, foi assassinado pelos seus filhos Adrameleque e Sarezer (2Rs 19:37)
A narrativa da doença e milagrosa recuperação de Ezequias vem descrita em 2Rs 20:1; 2Cr 32:24 e Is 38:1. Vários embaixadores o vieram felicitar pela sua recuperação, entre os quais Merodaque-Baladã, vice-rei de Babilónia (2Cr 32:23; 2Rs 20:1. Foi sepultado “no mais alto dos sepulcros dos filhos de David” (2Cr 32:27-33). “Depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele” (2Rs 18:5);
Filho e sucessor de Nabucodonozor, rei da Babilónia (2Rs 25:27; Jr 52:31,34). Ele parece ter reinado somente durante dois anos (562-560 a.C.). Provavelmente influenciado por Daniel, mostrou-se bondoso para com Joaquim, que já estava cativo em Babilónia há 37 anos. Ele libertou-o e "falou-lhe com gentileza." Foi morto por Nergal-Sarezer (o mesmo que Neriglissar), o seu cunhado, que lhe sucedeu no trono (Jr 39:3,13).
EVA - "Vida" ou "viva".
Nome dado por Adão à sua mulher (Gn 3:30 e Gn 4:1). O relato da sua criação é feito em Gn 2:21-22. O Criador, ao declarar que não era bom que o homem estivesse só e ao criar para ele uma companheira, deu a Sua sanção à monogamia. O comentador Matthew Henry diz: "Esta companheira foi feita a partir de uma costela que Deus tirou do seu lado [de Adão], querendo significar que ela lhe deveria ser tão querida como a sua própria carne. Não tirou qualquer pedaço da cabeça dele, para que não fosse ela a mandar; não veio dos pés dele, para que ele não a tiranizasse; mas do seu lado, demonstrando que deveria haver igualdade no seu casamento." E novamente "que aquela mulher que Deus criara através da Sua graça especial e que trouxera à vida pela Sua especial providência, deveria mostrar-se uma ajudadora para o seu marido." Através da subtil tentação da serpente, ela violou o mandamento de Deus, ao comer do fruto proibido e do qual deu também ao seu marido (1Tm 2:13-15; 2Co 11:3). Quando ela deu à luz o seu primeiro filho, disse: "Alcancei do Senhor um varão". Foi assim que ela deu as boas vindas a Caim, segundo alguns pensam, como se ele fosse o Prometido, a "semente da mulher."
(At 20:9-12). Um jovem de Troas que, tomado de um sono profundo, caiu da janela do terceiro andar da casa onde Paulo se encontrava a pregar, tendo sido "levantado morto." A janela estava aberta para que o ar entrasse e o rapaz caiu lá em baixo. Paulo ressuscitou-o (Compare com 1Rs 17:21; 2Rs 4:34).
Rei de Sidom (940-908 a.C.) e pai de Jezabel, que foi a mulher de Acabe (1Rs 16:31). Diz-se que foi também um sacerdote de Astarote, cuja adoração estava intimamente ligada à de Baal e que poderá ser a causa do zelo da sua filha em promover a idolatria em Israel. O seu casamento com Acabe foi fatal, tanto para Israel, como para Judá. Dido, a fundadora de Cartago, era sua neta
ESTEVÃO
Um dos sete diáconos, que se tornou pregador do evangelho. Foi o primeiro mártir cristão. O seu carácter e história pessoal estão registados em Actos 6. “Adormeceu” com uma oração nos lábios em favor daqueles que o perseguiram (At 7:60). Alguns homens piedosos sepultaram Estevão (At 8:2).
Foi aos pés de um jovem fariseu, Saulo de Tarso, que aqueles que apedrejaram Estevão deixaram as suas vestes (comp. Dt 17:5-7), antes de iniciarem a sua obra cruel. A cena que Saulo depois testemunhou e as palavras que ouviu pareceram causar nele uma impressão profunda e duradoura (At 22:19, 20).
O discurso de Estevão perante o legislador judeu é a primeira apologia do universalismo do Evangelho como mensagem tanto para os gentios como para os judeus. É o mais longo discurso contido nos Actos, sendo-lhe dado um lugar de proeminência.
A rainha de Assuero e heroína do livro com o mesmo nome. Era judia e o seu nome era Hadassa (murta), mas quando entrou para o harém do rei, recebeu o nome pelo qual ficou a ser conhecida (Et 2:7). Este nome não é mais do que uma modificação Siro-árabe da palavra persa satarah, que estrela. Era filha de Abiail, um benjamita. A sua família não tirou partido da permissão dada por Ciro, para que os exilados voltassem para Jerusalém; e ela passou a viver com o seu primo Mardoqueu, que tinha um cargo entre os servos do rei Persa em "Susã, no palácio". Assuero, tendo-se divorciado de Vasti, escolheu Ester para sua mulher. Pouco depois disto, ele deu a Hamã, o agagita e seu primeiro ministro, poder e autoridade para matar e extirpar todos os Judeus do império Persa. Pela interposição de Ester, foi evitada tamanha catástrofe. Hamã foi morto na forca que fora preparada para Mardoqueu; e os judeus estabeleceram uma festa anual, a festa do Purim, em memória da sua maravilhosa libertação. Este acontecimento deu-se cerca de 52 anos após o regresso do povo a Jerusalém (479 a.C.).
Ester é-nos mostrada como sendo uma mulher de profunda piedade, fé, coragem, patriotismo e cautela, que se combinavam com a sua determinação; uma filha cumpridora para com o seu pai adoptivo, dócil e obediente aos seus conselhos e ansiosa por partilhar o favor do rei com ele, pelo bem do povo Judeu. Ela deve ter possuído um graça, umas maneiras e um charme singulares, uma vez que 'alcançava graça aos olhos de todos quantos a viam' (Et 2:15). Ela foi colocada por Deus naquela posição, a fim de evitar a destruição do povo judeu e lhes proporcionar protecção, paz e riquezas no seu cativeiro.