quinta-feira, 19 de março de 2009

JOAQUIM

Sucedeu a seu pai Jeoiaquim (599 a.C.), quando tinha somente oito anos de idade e reinou durante cem dias (2Cr 36:9). É também chamado Jeconias (Jr 24:1; Jr 27:20; etc.) e Conias (Jr 22:24; Jr 37:1). Sucedeu-lhe o seu tio, Matanias . Foi o último herdeiro directo da coroa judaica. Foi levado cativo por Nabucodonozor para a Babilónia, juntamente com a “nata” da nobreza, todos os homens importantes e um grande corpo da população em geral, cerca treze mil ao todo (2Rs 24:12-16; Jr 53:28). Após um encarceramento de 37 anos (Jr 52:31, 33), foi libertado por Evil-Merodaque, que permitiu que ele ocupasse um lugar na casa do rei e se sentasse à sua mesa, recebendo “a sua porção quotidiana até ao dia da sua morte, todos os dias da sua vida” (Jr 52:32-34).

JOÃO BAPTISTA


O percursor de Jesus”. Apenas temos narrativas imperfeitas e fragmentadas sobre ele nos Evangelhos. Era descendente de sacerdotes. O seu pai, Zacarias, era um sacerdote da ordem de Abias (1Cr 24:10) e a sua mãe, Isabel, era das filhas de Aarão (Lc 1:15). A missão de João foi objecto de uma profecia (Mt 3:3; Is 40:3; Ml 3:1). O seu nascimento, que teve lugar seis meses antes do de Jesus, foi predito por um anjo. Zacarias, privado da fala como prova de que Deus falava a verdade e uma censura à sua própria incredulidade, no que se referia ao nascimento do seu filho, pôde falar novamente por ocasião da sua circuncisão (Lc 1:64). Depois disto, nada mais está registado sobre ele durante um período de trinta anos e só é mencionado novamente em Lc 1:80. João era nazireu desde o seu nascimento (Lc 1:15; Nm 6:1-12). Ele passou os seus primeiros anos na região montanhosa de Judá, situada entre Jerusalém e o Mar Morto (Mt 3:1-12).
Com o tempo, tornou-se numa figura pública e grandes multidões de “todas as origens” se sentiram atraídas por ele. A essência da sua pregação era a necessidade de arrependimento. Denunciou os saduceus e os fariseus como uma “raça de víboras” e avisou-os sobre a loucura de se confiar nos privilégios externos (Lc 3:8). Como pregador, João era eminentemente prático e discriminativo. O amor próprio e a cobiça eram os pecados que permaneciam entre o povo. A eles, no entanto, ele intimou a que fossem caridosos e tivessem consideração pelos outros. Advertiu os publicanos contra a extorção e os soldados contra o crime e a pilhagem. A sua doutrina e modo de vida influenciaram todo o sul da Palestina e pessoas de todos os lados vinham reunir-se no local onde ele se encontrava, nas margens do Jordão. Aí ele baptizou milhares de arrependidos.
A fama de João chegou aos ouvidos de Jesus, em Nazaré (Mt 3:5) e ele veio da Galileia até ao Jordão, a fim de ser baptizado por João, pois ele era “cheio de justiça”. O ministério especial de João terminou com o baptismo de Jesus, que deveria agora “aumentar”, tal como o rei que volta para o seu reino. Contudo, ele continuou por mais algum tempo a dar testemunho da messianidade de Jesus. Ele chamou a atenção dos seus discípulos para Jesus, dizendo: ‘Eis o Cordeiro de Deus’. O seu ministério público terminou repentinamente (após cerca de seis meses de actividade), quando foi encarcerado por Herodes, a quem ele tinha reprovado, por este estar junto com a mulher do seu irmão Filipe (Lc 3:19). Foi encarcerado num dos castelos de Herodes, uma fortaleza na extremidade sul da Pereia, 14 Kms a Este do Mar Morto e aí foi decapitado. Os seus discípulos, tendo enterrado o corpo, foram contar a Jesus o que acontecera (Mt 14:3-12). A morte de João ocorreu justamente antes da terceira Páscoa do ministério de Jesus. O próprio Jesus testificou que “ele era a candeia que ardia e alumiava” (Jo 5:35).