quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ISAAC - Riso


O único filho de Abraão e Sara. Dos três patriarcas, ele foi o que mais tempo viveu (Gn 21:1-3). Foi circuncidado com oito dias de vida (Gn 21:4); e provavelmente quando tinha três anos, foi dada uma festa ao ser desmamado.
O acontecimento memorável que se seguiu na sua vida foi o que se relacionou com a ordem de Deus para que Abraão o oferecesse em sacrifício na montanha que existia na terra de Moriá (Gn 22). Quando estava já com 40 anos, Rebeca foi-lhe dada como esposa (Gn 24). Quando o seu pai morreu e foi sepultado, Isaac estabeleceu-se em Beer-Laai-Roi (Gn 25:7-11), onde os seus dois filhos - Esaú e Jacó - nasceram (Gn 21:1-26), o primeiro dos quais parece ter sido o seu favorito (Gn 21:27,28).
Por causa da fome (Gn 26:1), Isaque foi para Gerar, onde enganou o rei filisteu no que tocava à sua relação com Rebeca, imitando a conduta do seu pai no Egipto (Gn 12:12-20) e em Gerar (Gn 20:2). O rei filisteu repreendeu-o por causa da sua prevaricação.
Após ter passado algum tempo na terra dos filisteus, voltou para Berseba, onde Deus lhe confirmou as bênçãos do concerto e onde Abimeleque fez um concerto de paz com ele.
O seguinte evento importante da sua vida foi a bênção dada aos seus filhos (Gn 27:1). Morreu em Manre, “velho e farto de dias” (Gn 35:27-29), com 180 anos, tendo sido sepultado na cova de Macpela.
No Novo Testamento é feita referência ao facto de ele quase ter sido oferecido em sacrifício pelo seu pai (Hb 11:17; Tg 2:21), assim como à bênção que ele deu aos seus filhos. Sendo o filho da promessa, é feito o contraste entre ele e Ismael (Rm 9:7,10; Gl 4:28; Hb 11:18).
Isaque é, “em dado momento, a imagem do seu pai em devoção simples e pureza de vida e um contraste na sua fraqueza passiva de carácter que, em parte, pelo menos, poderá ter surgido das suas relações com a sua mãe e com a sua mulher. Após a expulsão de Ismael e Agar, Isaque passou a não ter adversários e cresceu na sombra da tenda de Sara, moldado por uma suavidade feminina, através de uma submissão habitual à sua forte e terna vontade.”
A sua vida era tão calma e rotineira, que não ultrapassava “um circulo de algumns Km; tão sincera, que se deixou enganar por Jacó, em vez de não acreditar na sua segurança; tão terna, que a morte da sua mãe se tornou num sofrimento vivo durante vários anos; tão paciente e gentil, que a paz com os seus vizinhos lhe era mais cara do que uma possessão tão cobiçada como um poço de água cavado pelos seus próprios homens; tão imensamente obediente, que ele até põe a sua vida à disposição do seu pai, tão firme na sua confiança em Deus, que a sua maior preocupação pela vida fora foi honrar a promessa divina dada à sua raça”.

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